O Brasil e a União Europeia estabeleceram o compromisso de concluir as negociações do aguardado acordo Mercosul‑UE até dezembro deste ano. O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, durante visita oficial a São Paulo, com o objetivo de “enviar um sinal global de estabilidade” em meio à crescente onda protecionista no cenário internacional.
Costa afirmou que, embora o prazo seja curto, a meta é realizar a assinatura ainda em dezembro, coincidente com a presidência rotativa brasileira no Mercosul. Para viabilizar esse desfecho, destaca-se a viagem do presidente Lula à França, considerada peça-chave para superar resistências de países como a França, que ainda mantém objeções ao acordo.
Segundo a análise do Poder360, o consenso entre os 27 países-membros da UE só será possível com a superação de oposições sustentadas, especialmente por parte do setor agrícola europeu, que teme impactos relacionados ao desmatamento e à concorrência.
Principais pontos do acordo:
– Dimensão econômica e política: Criação de uma zona de livre comércio que abrange mais de 720 milhões de pessoas e representa mais de 20% do PIB mundial, trazendo uma mensagem de fortalecimento do multilateralismo.
– Processo em andamento: Após o pacto político assinado em dezembro de 2024, está em curso a tradução para os 24 idiomas oficiais da UE, com previsão de envio ao Conselho Europeu ainda em junho ou julho.
– Desafios ainda existentes: A ratificação plena depende da aprovação nos parlamentos nacionais do Mercosul e na Assembleia Europeia, processo que pode enfrentar atrasos e condicionantes.
O que isso representa para o Brasil:
Para o Brasil e os demais países do Mercosul, a conclusão do acordo oferece:
– Acesso facilitado ao maior mercado consumidor global, com potencial de atrair investimentos e ampliar as exportações;
– Maior estabilidade e previsibilidade no comércio internacional, com redução de barreiras tarifárias e diluição de risco regulatório;
– Fortalecimento do diálogo político e econômico com a UE, especialmente em temas de sustentabilidade e responsabilidade social.
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– Aumentar o volume de operações de importação e exportação;
– Demandar maior expertise em regimes preferenciais, conformidade e certificações técnicas;
– Trazer novas oportunidades para projetos de compliance, assessoria aduaneira e capacitação das equipes envolvidas.
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Fonte: El País, CNN Brasil, Poder360