Operação intercepta 1,5 tonelada da droga oculta em carga de papel; ação reforça vigilância aduaneira e cooperação internacional.
A Receita Federal do Brasil realizou, na última segunda-feira (10), a maior apreensão de cocaína no Porto de Santos desde 2020. Foram interceptados 1.505 quilos da droga, escondidos em uma carga de exportação de papel com destino à Antuérpia, na Bélgica, um dos principais hubs logísticos da Europa.
A droga estava embalada em tabletes plásticos, cuidadosamente ocultos entre fardos de papel prensado no interior de um contêiner. A identificação da carga suspeita foi possível graças a um rigoroso processo de análise de risco aliado ao uso de tecnologia de escaneamento não invasivo. Após a detecção de anomalias nas imagens do scanner, a carga passou por inspeção física, quando os pacotes de cocaína foram localizados.
Esta é a maior apreensão registrada nos últimos quatro anos no complexo santista, considerado o principal ponto de entrada e saída de mercadorias da América Latina. A droga foi retirada do contêiner ainda no terminal portuário e será encaminhada para a Polícia Federal, que dará prosseguimento às investigações.
Sofisticação criminosa e resposta institucional
Segundo a Receita Federal, essa modalidade de tráfico é conhecida como “ripoff modality”, em que criminosos introduzem a droga em contêineres legítimos sem o conhecimento do exportador e do importador. O caso ilustra o alto grau de sofisticação logística e dissimulação empregado por organizações transnacionais.
Por outro lado, evidencia a efetividade dos controles aduaneiros, que têm se aperfeiçoado com tecnologia, inteligência artificial e integração entre órgãos nacionais e parceiros internacionais. A Receita tem atuado de forma coordenada com a Polícia Federal, autoridades portuárias e agências internacionais para fortalecer o combate a crimes fronteiriços.
Papel estratégico da aduana e reconhecimento institucional
A Feaduaneiros reconhece a importância desta apreensão não apenas pelo volume expressivo da carga ilícita, mas pelo que ela representa institucionalmente: a aduana brasileira segue firme como linha de defesa estratégica contra o crime organizado internacional.
A operação reafirma o valor dos servidores aduaneiros, analistas de risco, operadores portuários e autoridades fiscais, que enfrentam diariamente os desafios de proteger a sociedade, garantir a legalidade e preservar a reputação do Brasil no comércio exterior.
Além disso, casos como este reforçam a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura tecnológica, capacitação profissional e cooperação internacional, pilares essenciais para um sistema aduaneiro moderno, eficiente e seguro.
A Feaduaneiros seguirá acompanhando e destacando ações que contribuam para a segurança, legalidade e integridade do comércio exterior brasileiro, valorizando o papel das aduanas como agentes essenciais da proteção econômica e social do país.