A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 1,276 bilhão na
quarta semana de julho de 2025, segundo dados divulgados pela Secretaria de
Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços (Secex/MDIC).
Exportações e importações
- Exportações: US$ 6,719 bilhões
- Importações: US$ 5,443 bilhões
- Corrente de comércio semanal: US$ 12,161 bilhões
Acumulado do mês
Até a quarta semana de julho, o superávit mensal já chega a US$ 4,79 bilhões,
com exportações de US$ 26,234 bilhões e importações de US$ 21,443 bilhões.
A corrente de comércio em julho atinge US$ 47,677 bilhões.
Evolução no ano
No acumulado de janeiro até a quarta semana de julho de 2025, o Brasil
exportou US$ 192,103 bilhões e importou US$ 157,220 bilhões, resultando em
um superávit anual de US$ 34,883 bilhões e corrente de comércio total de
US$ 349,324 bilhões.
Comparativo anual (julho/2025 vs. julho/2024)
- Exportações cresceram: 3,0% (de US$ 1,340 bi para US$ 1,380 bi de
média diária) - Importações cresceram: 11,5% (de US$ 1,012 bi para US$ 1,129 bi de
média diária) - Corrente de comércio média diária: US$ 2,509 bilhões (alta de 6,6%)
- Saldo médio diário: US$ 252,13 milhões
Desempenho setorial (exportação vs. importação)
Exportações (até 4ª semana de julho/2025 vs. julho/2024):
- Agropecuária: +2,4% (US$ 6,06 bi)
- Indústria Extrativa: –7,6% (US$ 5,46 bi)
- Indústria de Transformação: +8,1% (US$ 14,61 bi)
Importações (média diária):
- Agropecuária: +5,4% (US$ 420 milhões)
- Indústria Extrativa: –17,2% (US$ 980 milhões)
- Indústria de Transformação: +13,7% (US$ 19,91 bi)
Interpretação e importância
O superávit de US$ 1,276 bilhão em apenas uma semana contribui
significativamente para o saldo positivo do mês e do ano.
O crescimento das exportações, especialmente da indústria de transformação,
mostra diversificação da pauta exportadora, o que é estratégico para reduzir
vulnerabilidade às oscilações das commodities.
O aumento expressivo nas importações revela demandas internas aquecidas,
mas também pressões externas e custos logísticos. É um alerta para os
despachantes aduaneiros quanto à fluidez nas operações de desembaraço.
A alta da corrente de comércio (+6,6%) indica mais volume transacionado,
impactando diretamente o trabalho aduaneiro: mais cargas, mais regimes
especiais e maior necessidade de compliance e rapidez operacional.